Secretária de Assuntos Internacionais representou o Ministério da Fazenda na 3ª Reunião de Ministros da Fazenda e Presidentes de Bancos Centrais do Fórum
Implicações Globais da Inteligência Artificial. Necessidades Financeiras dos países vulneráveis. Iniciativas para o desenvolvimento. Pagamentos Transfronteiriços. Em Stresa, na Itália, delegados dos países do Grupo dos Sete (G7), organismos internacionais e países convidados, reuniram-se na última sexta-feira (24/5) para discutir temas atuais, necessários e convergentes com a presidência brasileira no G20 e a busca dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“A cooperação multilateral é, de fato, chave para encarar os desafios que estão emergindo da inteligência artificial, tanto do ponto de vista ético quanto econômico e tecnológico ”, afirmou a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, embaixadora Tatiana Rosito. Ela representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A embaixadora destacou, em sua fala, que, além da preocupação com a observância dos princípios éticos, da proteção aos Direitos Humanos e da dignidade, a inteligência artificial pode trazer oportunidades para as economias em desenvolvimento e emergentes. “Para que essas oportunidades possam ser aproveitadas, segue fundamental a busca dos ODS. Combater a fome, a pobreza e garantir acesso amplo à educação, moradia digna e eletricidade são pré-condições para que a Inteligência Artificial possa se espalhar”, defendeu.
Por outro lado, a cooperação internacional e a participação ativa das economias em desenvolvimento na produção de tecnologias de IA adaptadas às suas realidades são cruciais para que esse seja um instrumento de convergência econômica global e não de divergência entre as economias”.
O clima amistoso e cooperativo esteve presente durante toda reunião, que focou na importância da coordenação de ações para evitar o incremento do abismo digital, mobilizar o financiamento ao desenvolvimento – especialmente no contexto africano – e meios de aproveitar a digitalização dos serviços financeiros em prol da inclusão financeira.
Rosito levantou ainda a necessidade de as grandes economias enfrentarem a questão das dívidas nacionais de países em desenvolvimento, além de pensar formas de garantir novos recursos para estas nações.
“Acreditamos que há uma responsabilidade que recai sobre nós, as principais economias do mundo, de ajudar a minimizar as barreiras para transformações produtivas em países de baixa renda e mercados emergentes vulneráveis. Sem nossa cooperação contínua para criar um caminho de desenvolvimento mais estável, cooperativo e sustentável para todos, que inclua um sistema de comércio aberto e benigno, propício a transições justas e cadeias de suprimentos globais resilientes, os desafios significativos da dívida em países de renda baixa ou média persistirão”, pontuou. Houve, ainda, manifestações de apoio às propostas brasileiras no G20 para a tributação progressiva internacional.
Rosito também defendeu a posição brasileira em defesa do avanço do acesso a sistemas bancários e a integração destes sistemas em escala internacional, destacando a necessidade de auxílio prioritário aos países de baixa renda: “Para minimizar o risco de fragmentação no sistema financeiro global, é crucial fornecer assistência tecnológica e financeira a esses países e regiões”.
A secretária ainda conectou as prioridades discutidas com as iniciativas da presidência brasileira no G20, que estabeleceu uma Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza e que tem priorizado a criação de um roteiro de melhorias dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs) – esse último, que pode ajudar no objetivo de financiar ações de mitigação das mudanças climáticas (ODS 13), de erradicação da pobreza (ODS 1) e combate à fome (ODS 2).
O G7 é composto por Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido. Em 2023, o Brasil foi convidado pela presidência japonesa do G7 para participar de sua cúpula.
Imagem: Internet
Fonte: gov.br/fazenda/pt-br
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