A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-AM) reuniu-se com autoridades e representantes do setor produtivo para discutir ações estratégicas para minimizar os impactos da seca no Amazonas, no dia 4 de abril. Estiveram presentes representantes do Dnit, Defesa Civil, Fieam, Faepa e Governo do Estado.
Com a previsão de outra estiagem severa em 2024, o encontro buscou a criação de um Grupo de Trabalho de Logística e Estiagem. O objetivo é formular medidas para garantir o abastecimento e evitar desabastecimento e aumento de preços.
“Ano passado nós tivemos um aumento de frete de 300%, isso sangra o orçamento familiar, prejudica o poder aquisitivo da população. Além de tudo, o nosso setor de comércio e serviços que está acostumado a receber com 30 a 35 dias, sofreu um salto de 150 dias. Lamentavelmente, o comércio tem um sistema fiscal de tratamento que é um pouco mais austero, onde temos que pagar o ICMS em até 45 dias da entrada da mercadoria, com valor agregado. Ou seja, mesmo em tempo de crise o comerciante continua pagando os impostos e todos os tributos muito antes de colocar a mão na mercadoria, com um prazo superior para receber o produto, e isso descapitaliza as empresas e gera desemprego”, ressaltou o presidente em exercício da Fecomércio-AM, Aderson Frota.
Desafios da estiagem
A seca de 2023 atingiu o nível mais baixo em 121 anos, causando grandes prejuízos à navegação, ao comércio e ao abastecimento. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Serafim Corrêa, destacou a necessidade de dragagem e outras medidas logísticas para a região. O Governo Federal disponibilizou R$ 400 milhões para obras de infraestrutura.
A Fecomércio-AM se coloca como agente mobilizador na busca de soluções para enfrentar os desafios da estiagem e garantir o desenvolvimento do Amazonas.
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