Encontro da força-tarefa que junta as duas trilhas encerra semana em que pauta climática esteve no foco das atividades

 

A Força-Tarefa da Mobilização Global contra a Mudança do Clima (FT-Clima), iniciativa da presidência brasileira do G20, realizou, entre os dias 12 e 13 de setembro, na cidade do Rio de Janeiro sua 4ª reunião. O encontro encerra uma semana em que a pauta climática foi foco das atividades do G20, tendo se iniciado com as reuniões do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis, da Trilha de Finanças, e da Iniciativa de Bioeconomia do G20, da Trilha de Sherpas. 

Para a embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, a semana de discussões, que se encerra com a interação entre as duas Trilhas, permitiu avanços na busca por “meios de implementação para os grandes objetivos de desenvolvimento sustentável”, tendo como objetivo “facilitar a mobilização de recursos privados e o melhor compartilhamento de riscos”. 

“Nós tivemos uma semana importante, que se iniciou com os excelentes resultados das entregas relativas às quatro prioridades do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis. [Na FT-Clima] estamos debatendo formas de ampliar o volume de recursos empregados na transição, passando de bilhões para trilhões. O que a gente discute, em última instância, é identificar obstáculos e formas de lidar com isso”, disse Rosito. “Isso se relaciona diretamente à agenda doméstica, ao Plano de Transformação Ecológica, por exemplo.” 

Coordenador da FT-Clima, o embaixador André Corrêa do Lago, explicou que os debates de quinta e sexta-feira tiveram como objetivo avançar formulações a serem apresentadas a ministros, que se encontrarão durante as Reuniões Anuais do FMI e do Banco Mundial e, em seguida, na reunião da COP em Baku, no Azerbaijão. 

“Estamos discutindo a preparação da reunião de ministros e preparando documentos que podem ser apresentados na ocasião. Tradicionalmente, o G20 tem um papel de tratar do tema de clima um pouco antes das COPs. Nossa ideia é acentuar o quanto é importante integrar o tema nas discussões de financiamento e investimento”, sintetizou. 

Ana Toni, secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, reforçou a importância da decisão brasileira de juntar as duas Trilhas: “Quero reforçar o caráter absolutamente inovador da Força-Tarefa. O que ficou muito claro é o apoio ao mecanismo de plataforma de país. No caso do Brasil, pode ser um instrumento muito importante para agilizar investimentos, dando escala ao que pretendemos”. 

Cyntia Azevedo, chefe-adjunta do Departamento de Relações Internacionais do Banco Central do Brasil, reforçou que a junção de representantes de ministérios de relações exteriores, de finanças, de meio ambiente e de bancos centrais do G20 significa “um processo de aprendizado enorme. Tem sido um alinhamento bastante produtivo e é um dos grandes legados de toda a experiência da presidência brasileira.”

Fonte: gov.br/fazenda/pt-br

Imagem: Internet

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