Documento com recomendações para financiamento de estruturas resilientes será apresentado no próximo mês

 

Terminou, nesta quinta-feira (27/6), a 3ª reunião do Grupo de Trabalho de Infraestrutura (IWG, na sigla em inglês) da Trilha de Finanças do G20. O grupo se reuniu nos dias 26 e 27 de junho na cidade de Foz do Iguaçu, única não capital do país a receber uma reunião do Grupo dos Vinte. 

Ao término dos trabalhos, o subsecretário de Finanças Internacionais e cooperação Econômica do Ministério da Fazenda, Antonio Freitas; o coordenador do IWG, Marden Barboza; e a coordenadora de Foros e Organismos Internacionais, Lúcia Darós, conversaram com a imprensa sobre a reunião do GT e sobre o evento paralelo organizado pelo Grupo em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), “Desenvolvimento Sustentável de Infraestrutura Natural”. 

“Para além das belezas naturais e da tríplice fronteira, foi muito importante para o grupo de Infraestrutura e para a presidência brasileira do G20 que essa reunião tenha sido aqui. Além dos exemplos que demos aos delegados de todas as partes do mundo, pudemos refinar as entregas que serão apresentadas aos líderes em novembro, do Rio de Janeiro, e à comunidade internacional”, colocou Antonio Freitas. 

O GT de Infraestrutura tem quatro prioridades e a primeira delas, o financiamento à infraestrutura resiliente à mudança climática, terá suas negociações concluídas em julho.  “Iremos submeter aos ministros de Fazenda e presidentes de Bancos Centrais na próxima reunião, em julho, um relatório com uma série de orientações a partir da prática dos países do G20”, revela Marden Barboza. As recomendações do documento têm como tema o financiamento de infraestruturas resilientes à mudança climática. 

Barboza acrescenta ainda o caráter coletivo do documento que será apresentado aos ministros. “Esse documento não é de um ou de outro, é de todos os países. Coletamos experiências que revelam as melhores práticas”. 

As outras três prioridades do grupo são a identificação de como projetos e serviços de infraestrutura podem mitigar a pobreza, além da discussão sobre mecanismos de atenuação do risco cambial ao atrair capital privado e o debate sobre o financiamento de infraestrutura de fronteira. 

As discussões dessas três outras prioridades estão previstas para continuar na próxima reunião do grupo, que deve ocorrer no início de outubro. 

Evento Paralelo 

Realizado no auditório do Parque Nacional de Foz do Iguaçu, o evento paralelo sobre Desenvolvimento Sustentável de Infraestrutura Natural contou com especialistas convidados para compartilharem experiências brasileiras de gestão dessas infraestruturas, bem como estratégias bem-sucedidas de financiamento. 

“Trouxemos o ICMbio [Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade] e o Serviço Brasileiro de Florestas para compartilhar as experiências de gestão consciente de parques e florestas com os convidados do G20”, explicou Lúcia Darós. “Isso foi muito interessante porque trouxemos o modelo brasileiro para que isso seja reverberado no mundo e seja inspiração para esses países”, complementou. 

Lúcia Darós lembrou ainda que a realização do evento no Parque Nacional “foi muito emblemática por se tratar de um ativo natural brasileiro que recebe mais de dois milhões e meio de visitantes, de mais de 160 nacionalidades por ano. Esse é um grande exemplo de gestão que apresentamos para o mundo”.

Imagem: Internet

Fonte: gov.br/fazenda/pt-br

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