O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, participou na segunda-feira (7/10) da abertura da World Investor Week da Organização Internacional de Valores Mobiliários (Iosco, em inglês). A World Investor Week é uma campanha global que busca aumentar a conscientização sobre a importância da educação e proteção dos investidores. Além disso, destaca as diversas ações dos reguladores de valores mobiliários nessas duas áreas.
São mais de 100 jurisdições que discutirão nos próximos dias tecnologias e finanças digitais, criptoativos, finanças sustentáveis, prevenção contra fraudes e golpes financeiros, resiliência financeira e noções básicas de Investimento.
“Os principais temas que identificamos este ano resultam de um amplo engajamento e refletem unanimemente as questões mais urgentes que os investidores enfrentam hoje”, explica Pasquale Munafò, diretor sênior da Commissione Nazionale per le Società e la Borsa da Itália, e presidente do Comitê 8 da Iosco. “Também colaboramos muito de perto com outros comitês relevantes para garantir uma abordagem abrangente e unificada para a proteção e educação do investidor”, continua Munafò.
“Ao colocar os holofotes nessas áreas pretendemos capacitar e proteger investidores em todo o mundo, fornecendo a eles o conhecimento e as ferramentas necessárias para navegar em um cenário financeiro cada vez mais complexo”, pontuou.
Balanço
Na abertura da semana dos debates, Guilherme Mello fez um balanço das iniciativas do Governo Federal no que tange as finanças sustentáveis, destacando a criação da taxonomia sustentável e do mercado regulado de carbono.
“Em termos de política interna, o Brasil está agora aprovando o seu próprio mercado regulamentado de carbono e criando uma taxonomia sustentável, que está sendo discutida com mais de 150 representantes de diversos setores. A ideia é que esta taxonomia não seja apenas algo governamental, mas também aprendida pelos diferentes setores privados. Por isso, trouxemos esses setores para construirmos juntos a taxonomia, possibilitando que nos próximos anos seja mais fácil aprender e compreender sua importância”, afirmou o secretário.
O Ministério da Fazenda (MF) está trabalhando baseado no Plano de Transformação Ecológica (PTE), que visa promover uma mudança nos paradigmas econômicos, tecnológicos e culturais em benefício do desenvolvimento sustentável e da geração de riqueza e sua distribuição justa e compartilhada, com melhoria na qualidade de vida das gerações presentes e futuras.
Relatórios
Além da taxonomia e do mercado regulado de carbono, o MF também foca no adensamento tecnológico, bioeconomia e sistemas agroalimentares, transição energética, economia circular e nova infraestrutura e adaptação às mudanças climáticas.
“A nossa presidência do G20 aprovou um relatório sobre o tema das finanças sustentáveis, um relatório comum de todos os países com recomendações para a reforma dos principais fundos ambientais e climáticos, para chegarem aos que necessitam”, informou Melo. “Aprovamos também os princípios de alto nível para a bioeconomia. Esses princípios de alto nível para as atividades de bioeconomia vão muito além da presidência brasileira e vão tratar de questões como a criação de novos empregos, a consideração de conhecimentos tradicionais, a preservação da biodiversidade e a restauração de terras danificadas”, explicou.
A presidência brasileira do G20 atuou na criação de um grupo de especialistas do mundo todo, no âmbito da Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima. Esse grupo independente produziu um relatório discutindo estratégias industriais e financiamento verde para criar plataformas nacionais sustentáveis. “É muito importante para nós criarmos novas ferramentas, novos instrumentos para fazer com que estes objetos financeiros sejam compreendidos pelos diferentes setores e utilizados da forma correta”, concluiu o secretário.
Fonte: gov.br/fazenda/pt-br
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