Encontro em Brasília promove articulação entre iniciativa privada, poder público e sociedade civil para ampliar a inserção de migrantes e refugiados no mercado de trabalho brasileiro

A Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento (PADF), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e seus parceiros realizaram, em Brasília,  o encontro “Caminhos que Integram: Impulsionando a Inclusão Socioeconômica de Refugiados e Migrantes”, com o objetivo de fortalecer a articulação entre a iniciativa privada, o poder público e a sociedade civil, ampliando o espaço de discussão sobre a inserção de migrantes e refugiados no mercado de trabalho brasileiro.

Antônio Henrique Borges de Paula, assessor de Relações Institucionais do Departamento Nacional do Senac, destacou o compromisso do Sistema em garantir dois direitos fundamentais, previstos na Constituição: o trabalho e a educação. “Quando descobrimos que, a cada dez egressos do Senac, oito estão no mercado de trabalho, isso nos deixa muito animados,” comentou. Ele ressaltou a relevância da questão dos refugiados para o Senac em todo o País, citando como exemplo o trabalho realizado pelo Senac em Roraima, um estado que enfrenta um grande fluxo de migrantes.

Além da educação profissional e do fortalecimento da resposta humanitária, Antônio Henrique mencionou a criação de soluções inovadoras e sustentáveis para os complexos desafios enfrentados por indivíduos em situação de migração.

Capacitação e inclusão social no Senac-RR

A gerente de Relacionamento de Mercado do Senac-RR, Ingreid Barbosa, participou do painel “Iniciativas Transformadoras: Impacto das Ações Privadas, Sociais e Mistas”. Durante sua apresentação, ela destacou as ações do Senac na capacitação profissional e inclusão social de refugiados e migrantes, enfatizando o impacto transformador da educação e da atitude empreendedora.

“Desde 2018, o Senac tem desenvolvido projetos voltados para migrantes e refugiados, capacitando mais de seis mil alunos por meio de parcerias com ONGs e do Programa Senac de Gratuidade (PSG). Entre as iniciativas, destaca-se o projeto ‘Empoderando Refugiadas’, em parceria com o Acnur, que foca na empregabilidade de mulheres refugiadas que buscam reconstruir suas vidas no Brasil”, ressaltou Ingreid Barbosa.

Ela também compartilhou alguns dos cursos oferecidos pelo Senac-RR, como Português para Estrangeiros, Atendimento e Vendas, Técnicas Básicas em Recepção em Meios de Hospedagem, e outros voltados para a inserção no mercado de trabalho. “Temos testemunhado histórias de superação e mudança de vida através da educação”, afirmou.

Parcerias estratégicas para a inclusão

A diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Nara de Deus, reforça a importância da inclusão socioeconômica de refugiados e migrantes.

“O Programa de Atenção a Refugiados consolida iniciativas existentes, oferecendo capacitação profissional, suporte social e cultural, além de facilitar a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho”, destacou Nara. Ela também mencionou a importância de parcerias estratégicas com órgãos governamentais e organizações da sociedade civil para maximizar o impacto dessas ações.

Agenda em Roraima

No dia 20 de agosto, Nara de Deus e o assessor Elielson Gonçalves, da CNC, participaram de uma reunião com o Acnur em Roraima para discutir o evento “Café com Empresas”.

A iniciativa visa promover a inclusão e a contratação de refugiados, fortalecendo o diálogo entre o setor privado e as organizações que trabalham com a empregabilidade dessa população.

Saiba mais: Parceria entre ACNUR e Senac-RR capacitará refugiados e migrantes para inserção laboral em Roraima


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